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domingo, 3 de abril de 2016

CLARIM DIÁRIO

EXPLODE A
GUERRA
CIVIL!
TRAGÉDIA COLOCA O PAÍS EM ALERTA

VOCÊ ABRIRIA MÃO DE SEUS DIREITOS CIVIS EM NOME DA SEGURANÇA PÚBLICA?

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Editorial
ESTAMOS EM GUERRA!
Por J. JONAH JAMESON
EDITOR


Por muitos anos, tenho dedicado este espaço para alertar nossos leitores sobre o perigo iminente que ameaças mascaradas como o famigerado Homem-Aranha representam para a sociedade. Agora, caro leitor, o que mais temíamos aconteceu: estamos em guerra! Uma verdadeira guerra civil, na qual somos meros espectadores. 

Uma guerra não declarada entre lunáticos superpoderosos fantasiados, que não estão nem aí para o cidadão comum. Em sua busca desenfreada por fama e glória, essa horda de desajustados megalomaníacos atropela as leis, o bom senso, o respeito às autoridades, os próprios princípios fundamentais sobre os quais ergueu-se esta nação. Uma guerra que fez mais de 600 vítimas em Stanford, dentre as quais 60 crianças. Quantos mais terão de morrer antes que façamos alguma coisa?

Diante de tamanha atrocidade, de uma catástrofe dessa magnitude, torna-se urgente a aprovação da Lei de Registro de Super-humanos, atualmente em tramitação no congresso. Só assim poderemos dar um basta na violência desenfreada decorrente da insanidade desses meliantes mascarados. Chega de loucura! Basta de segredos! É hora da sociedade retornar as rédeas de seu destino e do cidadão comum ver respeitado o seu direito à segurança. Afinal, para que pagamos impostos?

Se estão tão interessados em ajudar, em servir o país, os autoproclamados "heróis" deveriam ser os primeiros a dar boas-vindas à lei. Só assim poderiam servir de exemplo às nossas crianças. Caso contrário, eles não passam de valentões fantasiados abusando do seu poder. O que os torna tão especiais, afinal? Em que eles diferem de nossos policiais, bombeiros, médicos e paramédicos, que enfrentam o perigo todos os dias sem ajuda de superpoderes e mesmo assim, submetem-se a rigoroso treinamento antes de entram em ação? Pois eu lhe digo, leitor: a arrogância. Chegou a hora disso acabar.

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Opinião
Superpoderes não garantem superprivilégios
Por JENNIFER WALTERS a.k.a "She-Hulk"
ESPECIAL PARA O CLARIM


Recentemente, dei uma entrevista a um programa de tevê a cabo falando a favor da Lei de Registro de Super-humanos. Logo depois, meu escritório foi inundado por cartas, e-mails e faxes, muitos deles me chamando de "vira-casaca" (e outros termos do gênero). Tenho certeza de que qualquer um com uma boa memória ou acesso à internet pode entender minha posição.

Alguns anos atrás, fui uma ativa detratora da Lei de Registro de Mutantes original. Aliás, quando a jovem Theresa Handel se recusou ao registro, fui sua advogada e levei o caso até a Suprema Corte. Ora, como defendi o esforço de Terry e não defendo o de alguém como o Cavaleiro da Lua? Acontece o seguinte: Terry é uma Homo superior. Nasceu assim. Embora tenha poderes que poderiam capacitá-la ao super-heroísmo, ela não teve escolha. Criar leis que a discriminam por ser mutante, como parte de uma raça, é inconstitucional.

Um super-herói, por outro lado, escolhe adotar uma nova identidade e tornar o papel de uma agente de emergência (como um policial, bombeiro, paramédico, etc.). Vamos examinar isso por um segundo. Agentes de emergência regulares passaram por anos de treinamento, trabalham em agências supervisionadas pelo governo e podem ser responsabilizados por suas ações. Um super-herói sem registro não cabe em nenhum desses critérios.

Se - bata na madeira - você estivesse num acidente sério, gostaria que um estranho sem qualificação médica mexesse no seu corpo? Se estivesse sob a mira de uma arma, gostaria de um estranho sem treinamento para negociar reféns se metesse numa situação já tensa? Se estivesse preso num edifício em chamas, gostaria que um estranho sem experiência no combate ao fogo começasse a derrubar paredes? Em todos esses cenários, agora, imagine que  as únicas credenciais desse estranho fosse um roupa colorida e uma capa. Embora esses indivíduos fantasiados possam exibir grande iniciativa e dedicação, nenhum desses atributos dá a eles o privilégio especial ou os coloca acima da lei. O que a Lei de Registro de Super-humanos propõe é que, se esses indivíduos são tão motivados, eles deveriam continuar seu bom trabalho, mas pelos canais adequados. 

Imagine quantas vidas a mais poderiam ser salvas se tivéssemos bombeiros superpoderosos e treinados. Imagine a quantidade de prisões que um policial superpoderoso poderia fazer - ao contrário de alguém que tem uma identidade secreta e não pode sequer escrever seu nome num boletim de ocorrência. Acima de tudo, imagine a aceitação que haveria entre as comunidades humana e super-humana se os heróis agissem abertamente, como servidores públicos. No rescaldo de um desastre após outro, nosso país descobriu que os agentes de emergência são nossos verdadeiros heróis. E, com algum esforço e sacrifício pessoal, nossos super-heróis podem ganhar esse status também.


Jennifer Walters é advogada da divisão de Direitos Super-Humanos no escritório Goodman, Lieber, Kurtzberg & Holliway. Como Mulher-Hulk, é registrada, treinada e participa dos Vingadores e do Quarteto Fantástico.
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CASA BRANCA PROMETE CAPTURA DO JUSTICEIRO

WASHINGTON - O porta-voz da Casa Branca, John Snow, declarou aos repórteres que as autoridades federais estão "chegando perto" de Frank Castle, conhecido como Justiceiro, e acrescentou que "o presidente está comprometido a acabar com a ameaça desse assassino." Castle (cujo nome originalmente era Castiglione) é um veterano de guerra que ficou violentamente instável após presenciar o assassinato acidental de sua família numa possível ação da Máfia. Por anos ele foi preso e fugiu inúmeras vezes, e supõe-se que seja o responsável por dezenas, ou até centenas, de assassinatos de indivíduos que ele, indevidamente, julga fora-da-lei. Castle chegou a incluir até o ex-diretor da SHIELD, Nick Fury, entre seus alvos.

Os comentários do porta-voz, assim como a tragédia de Stanford e a hostilidade nacional contra aos todos tipos de vigilantes, trouxeram Frank Castle de volta à discussão. Embora muitos digam que as autoridades - desde o presidente até a polícia local - fazem corpo mole para as ações do Justiceiro, Snow nega tais afirmações.

"Estamos falando de um homem que aprendeu a ser um estrategista brilhante na Guerra do Vietnã, que fugiu da prisão várias vezes e chegou a escapar da cadeira elétrica", disse Snow. "Capturá-lo não é fácil, mas nós o faremos!"

Castle, que usa o emblema de uma caveira no seu peito, simbolizando a morte que ele rotineiramente espalha com um estoque aparentemente infinito de armas de fogo ilegais. O símbolo tornou-se um ícone conhecido do povo norte-americano. Tal emblema pode ser encontrado e camisetas usadas por adolescentes revoltados, e pesquisas recentes mostram que cerca de 53% do público apóia as ações desse criminoso. Mas Stanford mudou isso?

De acordo com Snow, sim. "Esta é uma nova América, com uma nova mentalidade e novas prioridades. A nação redobrou seus esforços para acabar com o vigilantismo fora da lei que foi tolerado por tanto tempo. A captura de Frank Castle será um dos maiores exemplos de que as vítimas de Stanford não morreram em vão.

JUSTIÇA SEJA FEITA - Autoridades caçam Castle